História da raça caracu
O gado caracu é uma raça de origem europeia, formada por agrupamentos bovinos da Península Ibérica, típicos dos séculos XVI e XVII. Chegaram ao país logo após o descobrimento, no tempo do Brasil Colônia.
Caracu é uma raça taurina adaptada às diversas condições do ambiente tropical brasileiro como clima, relevo e pastagens nativas de diversas regiões.
É uma raça consolidada, que está a quase 500 anos no Brasil, sendo a mais antiga e representativa raça crioula do país. O gado caracu é considerado patrimônio da pecuária nacional.
"Testamos várias raças para cruzar com nosso rebanho Nelore e foi com raça Caracu que conseguimos: fertilidade, precocidade e qualidade de carne."
— Edvair Manzan/Peixes-TO
Introdução da raça caracu no Brasil
A primeira introdução foi em 1534 na Capitania de São Vicente, no estado de São Paulo, por Martim Afonso de Souza, donatário da capitania.
Os animais foram trazidos da Ilha da Madeira e Cabo Verde, junto com escravos, para serem utilizados como animais de tração, também sendo comercializados na troca por açúcar e outras especiarias. Posteriormente, foram introduzidos na Bahia e demais estados da região nordeste.
O desenvolvimento da raça teve como núcleos irradiadores os vales dos rios Sapucaí, Pardo e Alto São Francisco, abrangendo o norte paulista e o sul de Minas Gerais.
Inicialmente, foram usados como gado de tripla aptidão: tração, carne e leite. O cruzamento entre os animais trazidos, somado a seleção zootécnica natural, resultou em características próprias da espécie, que são transmitidas por hereditariedade.
A raça caracu apresenta animais extremamente funcionais, com alta adaptabilidade e rusticidade, além de serem resistentes a doenças e parasitas.
São animais com grande longevidade, muita docilidade e carne saborosa e de qualidade para conquistar o consumidor final. O gado caracu possui precocidade sexual, alta libido em touros e ótima habilidade materna em fêmeas, com destacada produção de leite para seu bezerro.
Criados de maneira extensiva, há um baixo custo de produção e menos despesas de manutenção. As contas fecham no azul para os pecuaristas ao final do ano.